domingo, 18 de setembro de 2016

Bake-kujira: A Baleia Fantasma

Bake-kujira: A Baleia Fantasma
Bake-kujira (baleia fantasma) é um mítico youkai do oeste japonês. Segundo a crença, são esqueletos fantasmagóricos de baleias que navegam perto da superfície do mar e habitam o litoral do Japão, seguidas por um séquito de misteriosos peixes e pássaros. Geralmente aparecem em noites de chuva, próximo a aldeias costeiras de baleeiros.
Em tempos antigos, avistar baleias era considerado uma bênção para os pescadores pobres das vilas costeiras. Era possível colher enormes riquezas a partir da carne e óleo de uma única baleia. Tal recompensa não veio sem um preço, muitos pescadores afirmam que as almas dessas baleias assombram os mares em busca de vingança contra aqueles que tiraram suas vidas. De acordo com a lenda “A Maldição da baleia” trará: fome, pragas, incêndios e outros tipos de desastres para as aldeias manchadas com seu sangue.

Bake-kujira: A Lenda
Há muito tempo atrás em uma noite escura e chuvosa, alguns pescadores testemunharam uma figura branca enorme na costa da Ilha de Okino, península de Shimane. Os pescadores decidiram tomar um barco a remo para conferir o que era e, sob a luz da lua na noite chuvosa, avistaram uma baleia com um tamanho fora do normal, as águas do oceano lampejavam com milhares de peixes a sua volta. Animados para a grande pesca, reuniram os habitantes da cidade, armaram-se com lanças e arpões. Logo remaram em direção a enorme baleia, um dos pescadores lançou seu arpão, mas a arma passou direto através da massa branca sem feri-la. Ao se aproximarem, através da superfície de água escura salpicada de chuva, eles avistaram um monstruoso esqueleto. Naquele exato momento, o mar tornou-se vivo com uma criatura aterrorizante nunca vista antes chicoteando sua águas, ao mesmo tempo, o céu foi tomado por pássaros misteriosos e ameaçadores. À distância, eles viram uma ilha que nunca tinha estado lá antes, como se tivessem remado rumo a algum país misterioso. Então, de repente, a baleia emitiu um som horripilante, virou-se bruscamente para o mar e, tão rapidamente quanto havia surgido, desapareceu em meio a corrente, junto aos peixes e pássaros sobrenaturais. Os moradores aterrorizados voltaram para casa, perceberam que a criatura só podia ser o fantasma de uma vingativa Bake-kujira. A baleia fantasma nunca mais foi vista. Dizem, que outras aldeias em Shimane sofreram com a praga da vingativa Bake-kujira “A maldição da baleia”, sendo consumidas por incêndios e atormentadas por doenças misteriosas. Em 1983, uma ossada de baleia intacta foi descoberta flutuando na costa de Anamizu, prefeitura de Ishikawa. Logo,  o esqueleto foi nomeado como a “Bakekujira  real.”

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Os 100 nomes mais comuns de Okinawa

Lista com os 100 Sobrenomes de Okinawa mais comuns

No Brasil, temos muitos descendentes dos japoneses de Okinawa (沖縄), hoje uma província localizada no extremo sul do Japão. Em Okinawa, existe um dialeto próprio chamado Uchinaaguchi (ウチナーグチ), também conhecido como Okinawa no Hōgen (沖縄の方言).

Uchina (うちなー) era o nome que chamava-se Okinawa, antigamente. Consiste em 169 ilhas que juntas formam o arquipélago Ryukyu, também conhecido como Nansei-shoto (南西諸島). Além deUchinaaguchi, existem outras quatro línguas faladas na região: Amami (Shimayumusa), Miyako (Myakufutsu),Yaeyama (Yaimamuni) e Yonaguni (Dunangmunui).

Esses dialetos são diferentes entre si e são falados por cerca de 980.000 pessoas, a maioria idosos. Como o japonês foi adotado como língua oficial, esses dialetos estão tornando-se cada dia mais obsoletos e correm o risco de desaparecerem em um futuro não muito distante.

Imigrantes de Okinawa no Brasil

Okinawa tem sobrenomes tão únicos que raramente os encontramos em outras áreas do Japão. No entanto, se você conviveu com a comunidade japonesa no Brasil com certeza conheceu alguém que tenha algum desses sobrenomes. Afinal, cerca de 10% dos 1.600.000 nikkeis no Brasil são originários de Okinawa, ou seja, um total aproximado de 170 mil pessoas.

Essa lista com os 100 Sobrenomes mais comuns de Okinawa foi retirada do site Uchinanchu Name Collection. Neste site também encontramos todos os sobrenomes organizados de forma alfabética. Consulte as listas de acordo com a inicial do sobrenome: (A-J), (K-R), (S-Z)

Lembre-se que o mesmo sobrenome pode ser escrito de forma diferente, assim como acontece em outras partes do Japão. O kanji de “Naka”, por exemplo, costuma ser escrito assim 中, no entanto em Okinawa, costuma-se usar mais o kanji 仲, como podemos perceber no sobrenome Nakamura. A escrita e o significado depende essencialmente da origem de cada família.

Os 100 Sobrenomes Mais Comuns de Okinawa

1. 比嘉 Higa
2. 金城 Kinjo
3. 大城 Oshiro
4. 宮城 Miyagi
5. 新垣 Arakaki, Aragaki ou Shingaki
6. 玉城 Tamashiro ou Tamaki
7. 上原 Uehara
8. 島袋 Shimabukuro or Shimabuku
9. 平良 Taira
10. 山城 Yamashiro
11. 知念 Chinen
12. 宮里 Miyazato ou Miyasato
13. 下地 Shimoji
14. 仲宗根 Nakasone
15. 照屋 Teruya
16. 砂川 Sunagawa
17. 仲村 Nakamura
18. 城間 Shiroma
19. 新里 Shinzato
20. 新城 Shinjo
21. 安里 Asato
22. 伊波 Iha
23. 上地 Kamiji ou Uechi
24. 赤嶺 Akamine
25. 石川 Ishikawa
26. 又吉 Matayoshi
27. 具志堅 Gushiken
28. 高良 Takara
29. 與那嶺 Yonamine
30. 國吉 Kuniyoshi
31. 松田 Matsuda
32. 遠山 Toyama
33. 仲間 Nakama
34. 與那覇 Yonaha
35. 中村 Nakamura
36. 中里 Nakazato
37. 上間 Uema
38. 外間 Hokama
39. 山内 Yamauchi
40. 友利 Tomori
41. 長嶺 Nagamine
42. 神谷 Kamiya
43. 中本 Nakamoto
44. 川満 Kawamitsu
45. 宮平 Miyahira
46. 喜名 Kina
47. 與儀 Yogi
48. 高江洲 Takaesu
49. 唐間 Toma
50. 伊佐 Isa
51. 岸本 Kishimoto
52. 儀間 Gima
53. 喜屋部 Kyan ou Kiyabu
54. 賀数 Kakazu
55. 池原 Ikehara
56. 内間 Uchima
57. 花城 Hanashiro
58. 知花 Chibana
59. 伊礼 Irei
60. 呉屋 Goya
61. 野原 Nohara ou Nobaru
62. 上江洲 Uezu
63. 棚原 Tanahara ou Tanabaru
64. 翁長 Onaga
65. 糸数 Itokazu
66. 山田 Yamada
67. 前田 Maeda
68. 桃原 Toubaru
69. 大嶺 Omine
70. 長浜 Nagahama
71. 當間 Toma
72. 玉那覇 Tamanaha
73. 平田 Hirata
74. 中田 Nakada
75. 宮良 Miyara
76. 喜友名 Kiyuna
77. 小橋川 Kobashigawa
78. 名嘉 Naka
79. 上里 Uezato
80. 山川 Yamakawa ou Yamagawa
81. 渡久地 Toguchi
82. 東江 Agarie
83. 幸地 Kochi
84. 浦崎 Urasaki
85. 崎浜 Sakihama
86. 末吉 Sueyoshi
87. 田場 Taba
88. 山里 Yamazato
89. 屋良 Yara
90. 渡慶次 Tokeshi
91. 仲地 Nakachi
92. 仲松 Nakamatsu
93. 稲福 Inafuku
94. 我那覇 Ganaha
95. 石垣 Ishigaki
96. 狩俣 Karimata
97. 古堅 Furugen ou Furukata
98. 渡嘉敷 Tokashiki
99. 根間 Nema
100.池間 Ikema

Fonte: Uchinanchu Name

sábado, 3 de setembro de 2016

Como conseguir um certificado de japonês?

Obter um certificado de conclusão após um curso ainda é uma expectativa comum entre muitos estudantes. A ideia por trás do certificado é que ele comprova que determinado conhecimento foi adquirido e isto pode ajudar em oportunidades profissionais e acadêmicas.Será que é assim mesmo que funciona? Em alguns casos sim, em outros, não.

Eu mesmo possuo alguns certificados emitidos por cursos que fiz e também do exame de proficiência em língua japonesa, por isso vou compartilhar com você minha experiência em relação a eles.

Neste artigo, vou esclarecer sobre a real função de um certificado, sua verdadeira validade e como é a realidade atual no que diz respeito a comprovação do conhecimento de japonês.

CERTIFICADOS OFICIAIS E RECONHECIMENTO DO MEC

A primeira coisa que considero importante esclarecermos é que não existe reconhecimento por parte do MEC quanto a cursos de idiomas, cursos livres e cursos de formação complementar. O MEC é responsável apenas pela educação formal, composta pelo ensino fundamental, ensino médio, ensino técnico qualificado (como técnico em eletrônica, telecomunicações etc) e ensino superior (bacharel, licenciatura, pós-graduação etc).

Escolas de ensino fundamental, médio e faculdades, devem ter seus cursos reconhecidos pelo MEC, mas no que diz respeito a escolas de idiomas e outros cursos de conhecimento específico, não existe regulamentação por parte do MEC.

Por isso, ao procurar um curso de japonês, a pergunta “É reconhecido pelo MEC?” não ajudará em sua escolha. Você deve avaliar o curso com base em outros parâmetros, como por exemplo os resultados que seus alunos apresentam. Busque por cursos em que você possa analisar os resultados dos alunos, ouvir o que eles tem a dizer e, se necessário, até mesmo entrar em contato com eles.

Pelo mesmo motivo, não existe “Certificado de japonês reconhecido pelo MEC”. O MEC não tem relação alguma com o ensino e aprendizado de idiomas que não seja dentro das instituições oficiais (escolas de ensino fundamental, médio e superior).

CERTIFICADOS EMITIDOS POR CURSOS DE IDIOMAS

Desta forma, a validade do certificado emitido por uma escola de idiomas depende unicamente do avaliador. Por exemplo, se você afirma em uma entrevista de emprego que possui um nível de japonês e mostra um certificado, é o avaliador que decidirá se este certificado tem alguma validade para ele.

EXAME DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA JAPONESA

Para padronizar a certificação em língua japonesa, existe um exame organizado pela Fundação Japão, que pode ser prestado por qualquer estudante (esteja ele estudando por um curso ou não). Uma instituição acadêmica que necessite de certificação, com certeza considerará apenas este certificado.

Por isso, se você deseja um certificado em língua japonesa, você deve prestar o Exame de Proficiência em Língua Japonesa (日本語能力試験 / JLPT). Seu grau de reconhecimento está acima do certificado de qualquer escola de idiomas.

COMPROVAÇÃO DE CONHECIMENTO PARA FINS PROFISSIONAIS

Eu me dediquei durante um tempo a conseguir o nível mais avançado do exame de proficiência, mas para minha surpresa, quando comecei a buscar oportunidades profissionais que necessitam da língua japonesa, este certificado não me foi muito útil.

Para conseguir um trabalho como professor de japonês em uma escola de idiomas, mesmo informando o nível de proficiência no currículo, tive que realizar uma prova de avaliação da própria empresa e também entrevista em japonês. Uma outra professora que também conseguiu a vaga, não possuia nenhum certificado, mas foi contratada por ter passado na prova e na entrevista da escola.

Ou seja, quando uma empresa está procurando um profissional com conhecimento em língua japonesa, ela provavelmente terá métodos próprios para avaliar o nível de japonês.

Ao buscar meus primeiros trabalhos como tradutor, o exame de proficiência também não foi considerado. Apenas tive que fazer algumas traduções de avaliação para a empresa para que pudessem avaliar a qualidade do trabalho. O mesmo aconteceu para serviços de intérprete.

Isto ocorre porque o Exame de Proficiência em Língua Japonesa não diz tudo sobre o japonês de uma pessoa. É possível passar em todos os níveis do exame sem possuir fluência total em japonês. Lembre-se que é uma prova como qualquer outra, onde existem truques e dicas que, se seguidos, garantem a pontuação necessária para ser aprovado.

Se você estiver passando pelo processo seletivo de uma empresa que necessita de um profissional que saiba japonês, ela certamente o avaliará através de entrevistas e testes próprios, ignorando completamente certificados e cursos.

COMPROVAÇÃO DE CONHECIMENTO PARA FINS ACADÊMICOS

Este é o caso onde o certificado exame de proficiência tem mais utilidade. Caso a necessidade do japonês seja para conseguir uma bolsa de estudos ou o processo seletivo de um mestrado e doutorado, tanto as universidades, quanto os órgãos responsáveis pela bolsa, tomam como base o Exame de Proficiência em Língua Japonesa.

Instituições públicas não consideram certificados emitidos por escolas diversas ou por professores particulares. Se for o caso, as universidades farão entrevistas com o candidato e avaliarão o nível obtido no exame de proficiência.

QUERO UM CERTIFICADO, O QUE FAZER?

Se você deseja ou necessita de um certificado de conhecimento em japonês, foque em passar em um dos níveis do Exame de Proficiência em Língua Japonesa. Certificados emitidos por cursos e professores particulares não possuem validade em nenhum ambiente, nem profissional, nem acadêmico.

É por esta razão que o Programa Japonês Online não emite certificado de conclusão para seus alunos. Não há necessidade, o meu foco é que você tenha resultadosconcretos e sólidos na língua japonesa, dando inclusive autonomia para, caso seja sua prioridade, passar no exame oficial.

Seja para passar no exame ou para outros fins, você precisa construir uma base sólida na língua japonesa e aprender a estudar corretamente, através de uma metodologia de aprendizado eficiente, desenvolvida e aplicada por alguém que viveu o desafio de aprender japonês do zero, já na fase adulta, sem ter tido a oportunidade de crescer em uma família japonesa ou no Japão.

Japão em Foco.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Who are Band-Maid and what do they want?

We talk to Band-Maid's fearless leader Miku Kobato about the band's origins and just what the hell is going on

Japanese all-girl metal sensations Band-Maid are heading out on their first European headline tour later this year, and we just have no idea what to expect. After Babymetal took the UK (and the rest of the world) by storm, could these five girls follow in their rather impressive footsteps? And what makes them stand out (other than the gothic maid outfits)? We had a quick chat with lead vocalist Miku Kobato to find out...

For those who don't know about Band-Maid, what are you about?

"Band-Maid’s concept is about creating contrast – how we look and how we sound are worlds apart. One is cute and submissive in nature, the other is wild, powerful and dominant. I thought that idea was interesting. Basically, we want to defy expectations."

How would you describe Band-Maid's music?

“Contrast.”

Where did you get the idea to use maid outfits?

"I used to work in a maid café! I would wear cute uniforms every day and entertain our customers, who we call masters and princesses. At the same time I was really into metal and rock music, and I thought how different the two worlds were. Here I am at work, singing super cute songs to a milkshake – it’s how we make them extra tasty – but on the way home I have my headphones in, blasting Maximum The Hormone. I thought that it would be cool to combine cute uniforms with cool music, so I set about recruiting the members of Band-Maid."

Maid outfits aren't exactly rock 'n' roll. What is your ultimate heavy metal costume?

"Now Band-Maid’s outfits are part of rock n roll, so we pick these!"

You've released three albums in three years, where do your ideas keep coming from?

"We want to make more exciting records. We have so many ideas that we just keep unleashing them and see what happens. Coincidentally, today is our third year anniversary! We want to keep going, pushing further and further."

People in the UK know aboutBabymetal, but Band-Maid are relatively unknown. How are Band-Maid different to Babymetal?

"We play our own instruments."

Is there any competition between Band-Maid and Babymetal?

"We don't feel that we are rivals, we have huge respect for Babymetal. To see a Japanese act work so hard and be recognised outside of Japan by so many respected musicians and fans – it’s amazing. We can only hope that one day our determination gets us anywhere near that level of recognition."

Your music videos have received millions of views, do you get recognised in the street?

"Nope! Would be lovely if we did though! Maybe I should wear my maid uniform next time I pop out to get ramen…"

You're heading to Europe in October, have you visited Europe before?

"Only the UK so far! We were invited to do a serving at MCM London Comic Con in May of this year. It was so fun! We did three performances throughout the weekend and many thousands of masters and princesses came to see us. When we weren’t on stage we were at JPU Records’ booth signing autographs. Then we had a quick celebratory beer (I had Boddingtons, it was delicious) and flew back to Japan."

What are you most looking forward to about the UK?

"We're looking forward to hearing the noise of British masters and princesses."

Why should people listen to Band-Maid?

"We’re not a pop idol group! Don’t judge us on how we look. We want to blow you away with our heavy rock sound."

Veja a entrevista completa: http://teamrock.com/feature/2016-08-30/who-are-band-maid-and-what-do-they-want

Conhecendo os principais dialetos regionais do Japão

Você sabia que no Japão existem dezenas de dialetos?

Apesar do Japão ser um país relativamente pequeno, existem muitas variedades linguísticas que diferem de uma região para outra, assim como acontece no Brasil. O japonês padrão é o de Tóquio, chamado de Tokyo-shiki (東京式) que é prevalente em todo o arquipélago (incluindo Okinawa e Hokkaido). É o dialeto padrão que qualquer nativo entende e é aquele comumente usado nos livros, na televisão, nos rádio, em jornais e outros veículos de comunicação.

Mas existem muitos outros dialetos regionais que podem ser classificadas em quatro grandes grupos: Kanto-ben, Kansai-ben, Tohoku-ben e Kyushu-ben. Mas existem subdivisões a partir de cada um deles. Por exemplo, no caso do dialeto de Kansai, podemos encontrar dialetos específicos como Kyoto-ben, Osaka-ben, Kobe-ben. Interessante não é mesmo? 

Vale também ressaltar que os dialetos japoneses não se referem apenas aos sotaques carregados, entonações na voz ou um ou outro vocabulário específico usado naquela determinada região, como notamos no Brasil por exemplo. Os dialetos podem ser tão distintos entre eles a ponto de não serem compreendidos por japoneses de outras regiões. 

Mas qual a razão do Japão ter tantos dialetos?Kansai e Kanto, dois dos principais dialetos do Japão (blog.sina.com.cn)

A região de Kansai (ou região de Kinki) situa-se na região central-sul da ilha principal do Japão, chamada de Honshu. Kansai é um termo comumente usado para descrever as províncias de Osaka, Hyogo, Kyoto (bem como algumas áreas de Mie, Nara e Wakayama). Antes de Tóquio ser a capital japonesa, Nara (600-794) e Kyoto (794-1868) tinham essa função administrativa.

Durante o período Edo (1603-1868) sob o governoShogunato Tokugawa, as pessoas tinham muitas limitações para viajar de uma região para outra. Geralmente, precisavam de documentos oficiais para provar que tinham recebido permissão para viajar. Quem viajasse sem esses documentos, corria um grande risco de ser preso ou até mesmo ser morto.

A restrição das viagens, aliada ao seu território montanhoso levou as aldeias a se isolarem geograficamente, dando origem a tantos dialetos diferentes. Cada aldeia desenvolveu suas próprias características culturais como podemos observar em seus festivais, tradições, comida e, claro, desenvolveram sua própria maneira de falar o japonês, que se caracteriza por diferentes acentos tonais, vocabulário, morfologia, utilização de partículas, etc.

Há casos em que eles diferem até mesmo na utilização de vogais e consoantes. Há quem diga também que antigamente, os clãs criavam seu próprio dialeto como uma maneira de identificar espiões de outro clã. Com o tempo, esse dialeto aparentemente secreto foi sendo mesclado ao japonês padrão, dando origem a um novo dialeto que no caso caracteriza aquela região.

O desenvolvimento do Japonês Padrão 

Com o início da Era Meiji, em 1868, a capital foi transferida para Edo (que agora é chamado de Tóquio) e pessoas de todas as regiões do país resolveram se mudar para lá. No entanto, pessoas de regiões diferentes tiveram dificuldades de compreenderem umas às outras e com isso o governo decidiu padronizar o idioma para que todos pudessem se comunicar.

A linguagem padrão escolhida (Hyoujun-go 標準語), como era de se esperar, foi a de Tóquio que é chamada de Tokyo-shiki (東京式). Com a crescente urbanização e modernização do Japão, o uso da linguagem padrão se espalhou rapidamente por todo o país, passando a ser usado nas escolas, TVs locais, livros, jornais, revistas e mídias em geral.

No entanto, as pessoas costumam usar o seu dialeto local no dia a dia. Isso não traz muitas dificuldades na comunicação de pessoas de diferentes regiões, embora alguns dialetos das áreas mais rurais e remotas ainda permaneçam ininteligíveis para muita gente. Um exemplo é o Hakata-ben (博多弁), que às vezes pode soar tão estranho para aqueles que não estão familiarizados que muitos chegam a pensar que se trata de uma língua estrangeira.

Hakata-ben (ou Fukuoka-ben) é o dialeto típico da província de Fukuoka. A gramática básica de Hakata ben é semelhante ao Hichiku ben, usado em Saga, Nagasaki e Kumamoto. Entre as suas principais características gramaticais é o uso de “to” ou “tto” em perguntas. Por exemplo, no japonês padrão a pergunta “O que você está fazendo?” se diz assim: “Nani o shiteiru no?” Já nos dialetos Hakata e Hichiku, se diz assim: “Nan ba shiyo tto?” ou “Nan shitō to?”.

O que os japoneses sentem em relação aos dialetos?Sentimento de orgulho e identidade local (japantrends.com)

A maioria dos japoneses sentem orgulho do dialeto falado em sua região pois faz parte da sua identidade cultural. E se sentem bem quando podem falar seu próprio dialeto com outras pessoas que falam da mesma maneira. Passa uma sensação de acolhimento e intimidade, diferente de quando usam o japonês padrão (hyojungo), que tem um estilo mais formal.

Mas também há pessoas que se sentem envergonhadas de conversar em seu dialeto local com pessoas de outras regiões. Mas qual a razão disso? Falar seu dialeto, entrega sua origem. Então, aqueles que nasceram e foram criados em áreas rurais e remotas podem se sentir acanhados em falar seu dialeto. Talvez seja por causa daquele velho ditado:Deru kui wa utareru 出る杭は打たれる, cujo significado é “O prego que se destaca será martelado”.

O Japão é um país que gosta de zelar pela conformidade e isso faz com que as pessoas tenham receio de se destacarem das outras. E isso significa que se você se desloca para uma outra região, deve falar como todo mundo está falando. Outro detalhe é que alguns dialetos tem expressões que são consideradas rudes e pode passar uma má impressão aos ouvintes.

Conhecendo alguns dialetos do Japão

Link do vídeo ( https://www.youtube.com/watch?v=UsuGxYJhKsk )

Se você entende japonês e por acaso for passear em Osaka, Nara ou Kyoto, não estranhe se por acaso ouvir palavras e expressões diferentes do que está acostumado. Pode até ser um obstáculo a mais a ser enfrentado, mas ao mesmo tempo é muito curioso e gratificante perceber que cada região do Japão tem sua própria história, características culturais e diferenças linguísticas. E o melhor de tudo é saber que a maioria sente orgulho disso.

Como no Japão existem dezenas de dialetos, vamos dar apenas uma pincelada superficial sobre os 4 maiores grupos e mais pra frente, estaremos abordando os seus subgrupos.

1. Dialeto de Kanto (関東弁)

Kanto-ben (関東弁) está centrado em Tóquio e é também considerado a base para o japonês padrão(Hyoujun-go 標準語). Este também é o dialeto usado em boa parte de Honshu, a ilha principal do Japão. Esse dialeto costuma não ter muita entonação e sotaque.

2. Dialeto de Kansai (関西弁)

Kansai-ben (関西弁) está centrado em torno de Osaka, e é usado nas províncias de Osaka e Kyoto e em toda a área do sudoeste de Honshu. Também é chamada deKinki hōgen (近畿方言), ou dialeto de Kinki. Neste dialeto existe outras subdivisões tais como Osaka-ben (大阪弁) e Kyoto-ben (京都弁). Se caracteriza pela fala rápida e com muito mais entonação.

3. Dialeto de Tokoku (東北弁)

Tohoku-ben (東北弁) é o dialeto falado na região nordeste de Honshu. É considerado um linguajar bastante rural e áspero em comparação com outros dialetos tais como Kansai e Kanto. Muitas vezes é usado para caracterizar pessoas do campo (Inaka) na ficção. O sotaque é considerado arrastado e difícil de entender. Muitas vezes é referido como Zuzu-ben, porque palavras como Sushi e Susu parecem ter o mesmo som quando se fala neste dialeto).

Muitas palavras, partículas e terminações parecem ter o som anasalado, como o “ga” que se torna “nga”, o “ku” se torna “gu” e assim por diante. O dialeto usado em Hokkaidō é muito semelhante a este dialeto. Por causa das grandes diferenças fonéticas entre Tohoku-ben e Kanto-ben, costuma-se usar legendas para falantes de Tohoku em reportagens de TV.

4. Dialeto de Kyushu (東北弁)

Kyushu-ben (東北弁) pode ser classificados em três grupos: Dialetos Hichiku, Hōnichi e Satsugu (dialeto de Kagoshima), e todos tem diferenças e características próprias. Esse dialeto abrange o sudoeste de Honshu (incluindo Hiroshima) e região de Shikoku e Kyushu.

Alguns dos dialetos de Kyushu são totalmente ininteligíveis por japoneses de outras regiões. Além do vocabulário, Kyushu-ben tem algumas diferenças na forma como algumas vogais são pronunciadas. O -i no final dos adjetivos normalmente são substituídos pelo -ka (por exemplo, Samuka em vez de Samui). Também costumam usar yokka em vez de sou desu ne (そうですね) e Sukan em vez de suki ja nai (すきじゃない). No norte de Kyushu, também vai notar a mudança da partícula を (wo) para ば (ha) e ている (te iru) para よっと (Yotto).

Línguas Ryukyuanas (Okinawa) e dialeto de Kagoshima

Bem, como é um assunto bem complexo, estaremos abordando esse assunto em outros artigos. Vale também ressaltar que as línguas Ryukyuanas de Okinawa e das ilhas mais ao sul de Kagoshima formam um ramo separado na Família Japônica. Não são considerados dialetos japoneses por compartilharem pouco em comum com o japonês falado em outras regiões.

Infelizmente a língua ryukyuana, assim como a de outras ilhas no sul do Japão estão desaparecendo pois são usadas normalmente pelas pessoas mais velhas. Existe uma preocupação de passar esses conhecimentos para as gerações mais novas já que faz parte da identidade local, além de herança cultural e histórica dos povos dessas regiões.

Referências: Gaijinpot, lingualift

Japão em Foco.

Receitas de sushi que você pode fazer em casa

O sushi é um prato que pode ser chamado de “moderno” no Brasil. Afinal, a popularidade da culinária japonesa cresceu exponencialmente nos últimos dez anos, o que resultou na abertura de diversos estabelecimentos em todos os cantos do país e fez com que chefs da culinária japonesa começassem a criar pratos com um toque brasileiro, adicionando ingredientes não-tradicionais.

Mas a verdade é que o sushi é muito mais antigo do que você imagina, e a sua origem não foi nada “chique”. Tudo começou do sudeste asiático, com a ideia de conservar o peixe por longos períodos. O arroz fermentava, azedava o peixe, conservando-o, mas nesta época, o arroz não era ingerido.

Somente depois de muito tempo no Japão (muito tempo mesmo), o conceito de sushi moderno foi criado. Passaram então a utilizar o vinagre para azedar o arroz, que agora era ingerido, e preparado em apenas um dia. O peixe era comido fresco, pois não havia mais a necessidade de conservação já que a baía de Tóquio tinha uma enorme concentração da espécie.

Existem vários tipos de sushi, e as combinações possíveis são infinitas. Mas aqui estão os tipos mais conhecidos:

Hossomaki (hosomaki): é o tipo mais comum, e o que geralmente vem à cabeça quando pensamos em sushi. Todo envolto em nori (alga), leva arroz e um recheio que pode ser peixe, kani (carne de camarão), pepino, gengibre, etc.

Uramaki: é o sushi ao “inverso”. O nori envolve o recheio, e o arroz fica por fora.

Niguiri: é a bolinha de arroz com o que você quiser no topo (geralmente peixe ou ovo).

Futomaki: é o hossomaki, só que mais gordinho. Leva mais recheio, então quando enrolado fica maior.

Gunkanmaki: arroz no fundo, topo geralmente com ovas de peixe, ou cubinhos de peixe, enrolado no nori.

Inarishushi: barquinhos de tofu frito, com o recheio dentro, que geralmente é arroz avinagrado com sementes e gengibre.

Oshizushi: sushi prensado em uma forma, e cortado em pedaços.

Gostou? Quer tentar fazer em casa? Fazer sushi pode parecer difícil, mas não é! A receita do arroz básico para sushi é bem simples, e, com um pouquinho de prática, você se torna um mestre em casa.

Vamos tentar fazer um niguiri?

Receita: Niguiri de atum e mangaReceita para o arroz:

Ingredientes:

-três xícaras de arroz de sushi
-duas colheres de chá de sal
-duas colheres de sopa de açúcar
-meia xícara de vinagre de arroz
-três xícaras e meia de água

Modo de preparo:

1. Ponha o vinagre, o açúcar e o sal numa panela e esquente, mexendo, apenar até levantar fervura. Desligue o fogo e continue mexendo até tudo estar dissolvido. Reserve.

2. Prepare o arroz com a água, como o arroz normal. Depois de pronto, deixe o arroz tampado na panela por mais 10 minutos.

3. Depois de esperar dez minutos, ponha o arroz em um reservatório redondo de plástico ou uma bacia de madeira. Adicione o líquido ao arroz aos poucos, misturando bem e com cuidado, para não destruir a estrutura do arroz.

4. Deixe o arroz esfriar em temperatura ambiente antes de preparar o niguiri.

Agora, vamos preparar o niguiri:

Ingredientes:

-arroz de sushi cozido, já em temperatura ambiente
–molho Sriracha
-manga
-pedaço de atum (por volta de 1kg)
-nori (folha de alga)

Modo de preparo:

1. Faça bolinhas alongadas com o arroz. Tente deixar o topo razoavelmente liso para o atum e a manga se acomodarem.

2. Pingue um pouquinho de Sriracha no topo de cada bolinha.

3. Corte fatias alongadas de atum (com mais ou menos 1 cm de espessura) e ponha em cima do molho.

4. Corte fatias bem finas e alongadas de manga e ponha no topo do atum.

5. Corte tirinhas de nori e faça o “cinto”, envolvendo o niguiri

Pronto! Agora é só se deliciar!

E viu como é saudável? Mesmo os sushis delivery são uma opção super saudável, comparado às outras opções de comida “de fora”. Então não precisa sentir culpa ao pedir um sushi e se deliciar. O próprio vinagre de arroz tem muitos benefícios para a saúde, sem contar que o atum e a manga são ingredientes bem nutritivos. Além disso, nada possui alto teor de gordura, nenhuma fritura ou açúcares (exceto os naturais da manga, por exemplo).

By: Japão em Foco

Tudo sobre o Hiragana: Escrita Japonesa

Hiragana (平仮名) é um dos alfabetos silábicos (silabário) da língua japonesa. É usado para todas as palavras para as quais não exista kanji, ou este exista mas seja pouco usado. Também é usado para substituir os kanji e nas terminações dos verbos e dos adjectivos. Quando é usado para escrever a pronúncia literal de um kanji e, assim, garantir o entendimento do leitor, é chamadofurigana ao invés de hiragana.

Tabela hiragana-rōmaji

A tabela a seguir mostra o hiragana junto com a suaromanização Hepburn. Kana obsoletos estão marcados em vermelho. Existem 104 casos.

Vogais e monógrafos (Seion)Dígrafos (Youon)Geminados (Sokuon)あ aい iう uえ eお oゃ ()ゅ ()ょ ()か kaき kiく kuけ keこ koきゃ kyaきゅ kyuきょ kyoっかkkaっきkkiっくkkuっけkkeっこkkoさ saしす suせ seそ soしゃ shaしゅ shuしょ shoっさssaっしsshiっすssuっせsseっそssoた taちつて teと toちゃ chaちゅ chuちょ choったttaっちtchi (cchi)っつttsuってtteっとttoな naに niぬ nuね neの noにゃ nyaにゅ nyuにょ nyoは haひ hiふ fuへ heほ hoひゃ hyaひゅ hyuひょ hyoまみむめもみゃmyaみゅmyuみょmyoや yaゆ yu�� yeよ yoら raり riる ruれ reろ roりゃ ryaりゅ ryuりょ ryoわゐゔゑをゐゃ wyaゐゅ wyuゐょ wyoん nが gaぎ giぐ guげ geご goぎゃ gyaぎゅ gyuぎょ gyoざ zaじ jiず zuぜ zeぞ zoじゃ jaじゅ juじょ joだ daぢdjiづdzuで deど doぢゃ jaぢゅ juぢょ joば baび biぶ buべ beぼ boびゃ byaびゅ byuびょ byoっばbbaっびbbiっぶbbuっべbbeっぼbboぱ paぴ piぷ puぺ peぽ poぴゃ pyaぴゅ pyuぴょ pyoっぱppaっぴppiっぷppuっぺppeっぽppo

O som ti é escrito てぃ, mas esta sequência de sons é encontrada apenas em palavras estrangeiras, então, é normalmente escrito apenas em katakana.

As combinações にゃ, にゅ, e にょ não devem ser confundidas com as sequências んや, んゆ, e んよ. As combinações de に com um pequeno kana representam uma única mora, enquanto sequências de ん seguidos por um grande kana  representam duas moras separadas. A distinção pode ser ilustrada com pares mínimos, como かにゅう (ka-nyu-u, "entrada", "junção"), e かんゆう (ka-n-yu-u, "persuasão"), que são facilmente distinguíveis na fala, apesar de em alguns estilos de romanização ambas possam ser escritas kanyu. Na romanização Hepburn eles são distinguíveis por um apóstrofo e kan'yuu.

Regras de Escrita

O japonês é escrito como é ouvido; Exceto as partículas de sentença, que possuem uma segunda leitura. É o caso de は (ha) que é lido wa quando ele é uma partícula, a partícula へ (he) que também é lido e e a partícula を (wo) que é lida como o.

Este nem sempre foi o caso: um sistema anterior de escrita, agora referido como uso histórico do kana, tinha muitas regras de escrita; as exceções do uso moderno são um legado desse sistema. As regras de escrita exatas são referidas como kanazukai (仮名遣い, "uso do kana").

Existem 3 elementos utilizados como diacríticos em japonês: o handakuten ou maru (    ゜), um pequeno círculo, semelhante ao símbolo de grau; o dakutenou ten-ten (    ゛), que lembra aspas; e o sokuon(っ), um tsu pequeno. Cada um deles é capaz de modificar o som do hiragana de uma maneira diferente, conforme a tabela abaixo:

Na tabela acima existem dois hiraganapronunciados como ji, o じ e o ぢ. O som se assemelha com "dji", assim como outros dois pronunciados como zu, o ず e o づ, sendo que este último também pode ser romanizado como dzu. Estes pares não são alternáveis, ou seja, um não pode substituir o outro, e sua utilização depende da escrita da palavra.

Com relação ao terceiro elemento de pontuação, otsu pequeno (っ), também conhecido como sokuon, não há uma tabela em que se possa basear, mas sim uma regra, que funciona da seguinte maneira:

- O tsu pequeno sempre virá entre dois hiragana, por exemplo: きっぷ e せっけん

- O som da consoante do segundo hiragana deve ser repetido, criando uma pequena pausa na leitura, por exemplo: きっぷ (ki  use  en).

O hiragana é um silabário que também pode ser utilizado para auxiliar a leitura de kanji. Funciona como uma tradução sonora do kanji que está sendo lido, recebendo neste caso o nome de furigana. Abaixo dois exemplos de textos com seus respectivos furigana:

Existem algumas exceções. Se as primeiras duas sílabas de uma palavra consistem numa sílaba sem um dakuten (    ゛), o mesmo hiragana é usado para escrever os sons. Por exemplo chijimeru ("ferver" ou "encolher") é escrito como ちぢめる. Para palavras compostas onde os dakuten refletem vocalizaçãorendaku, o hiragana original é usado. Por exemplo, 血 (chi, "sangue") é soletrado ち em hiraganasimples. Quando 鼻 (hana, "nariz") e 血 combinam para formar 鼻血 (hanaji, "sangramento nasal"), o som do 血 muda de chi para ji. Então hanaji é escrito como はなぢ, de acordo com ち, o hiraganabásico para se transcrever 血. Similarmente, 使う (tsukau, "usar") é escrito つかう em hiragana, "uso do kana" ou "ortografia do kana") é escrito かなづかい em hiragana.

Entretanto, isto não se aplica quando o kanji é usado para fazer palavras que não se relacionam diretamente com seu significado elemental. A palavra japonesa para "raio", por exemplo, éinazuma (稲妻). O componente 稲 ("planta do arroz") é escrito いな em hiragana e é pronunciadoina. O componente 妻 ("esposa") é pronunciadotsuma (つま) quando escrito isolado, ou frequentemente como zuma (ずま) quando está depois de alguma sílaba. Nenhum destes componentes tem algo a ver com "raio", mas juntos eles têm este significado. Neste caso, a escrita padrão em hiragana, いなずま, é usada ao invés da いなづま.

O hiragana geralmente soletra longas vogais com adição de um segundo kana vogal. O chouonpu (ー), a marca de extensão de vogal usado no katakana, é raramente usado no hiragana. Por exemplo a palavra らーめん (raamen), mas este uso não é considerado padrão.

Uma palavra não pode começar com o kana ん (n). Esta é a base do jogo de palavras shiritori. Entretanto, o ん é algumas vezes seguido diretamente por uma vogal. Por exemplo, 恋愛 (ren'ai como れんあい ao invés de れない (renai, uma palavra não existente).

Histórico

Os japoneses indicam historicamente que ohiragana contemporâneo é uma derivação do kanjiutilizado no período Heian (749 D.C.-1185 D.C.). Esta derivação surgiu como uma simplificação manual dos kanji mais difundidos foneticamente entre os que podiam ler e escrever na época.

A difusão e assimilação desta nova escrita se deve ao fato que, as principais criadoras do atualhiragana eram princesas da família real japonesa, as quais escreviam seus diários de viagem (旅行日記 ryokounikki) e do seu dia-a-dia (日常日記nichijounikki), que mais tarde seriam transformados em livros, os quais podemos citar como exemplos o 更級日記 (sarashinanikkimurasakishikibunikki).

Devido a este fato atribui-se esta simplificação principalmente às mulheres, tanto que alguns textos se referem ao hiragana como a "letra das mulheres" e o kanji "a letra dos homens".

Wikipédia.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Tudo sobre o Katakana: Escrita Japonesa

Katakana
カタカナ
O  (片仮名, katakana) é um dos silabários empregados na escrita japonesa junto com ohiragana. Se atribui sua invenção ao monge Kukai o Kobo Daishi. Também se pode empregar katakana para referir-se a qualquer caractere do hiragana. Quando se refere ao conjunto de silabários hiragana e katakana se refere como kana. Dos alfabetos japoneses, este é o mais antigo e foi desenvolvido para simplificar os kanjis de origem chinesa que chegaram antes do começo da isolação cultural japonesa, que se manteve inflexível até o fim da Era Edo.

Estes caracteres, ao contrário dos kanji, não têm nenhum valor conceitual, senão unicamente fonético usado para representar onomatopeias, nomes científicos de plantas, animais e minerais, palavras e nomes estrangeiros, além de enfatizar certas expressões em textos. Graficamente apresentam uma forma angular e geométrica.

Tabela do Katakana

Está é uma tabela do katakana em conjunto com a romanização do Sistema Hepburn. Os Katakana com dakuten ou handakuten seguem o gojūon kana sem eles. Os caracteres em vermelho são obsoletos, e os caracteres em verde são adições modernas, usadas principalmente para representar sons de outras línguas. Aprender a ler katakana muitas vezes é complicada pelas semelhanças entre caracteres diferentes. Por exemplo, os shi シ e tsu ツ, bem como so ソ e n ン, parecem muito semelhantes escritos exceto pela inclinação e forma. (Essas diferenças em inclinação e forma são mais proeminentes quando escrito com um pincel.)

vogaisyōonsokuonア aイ iウ uエ eオ oャ yaュ yuョ yoカ kaキ kiクケ keコ koキャ kyaキュ kyuキョ kyoッカkkaッキkkiックkkuッケkkeッコkkoサ saシ shiスセ seソ soシャ shaシュ shuショ shoッサssaッシsshiッスssuッセsseッソssoタ taチ chiツテ teト toチャ chaチュ chuチョ choッタttaッチtchi (cchi)ッツttsuッテtteットttoナ naニ niヌネ neノ noニャ nyaニュ nyuニョ nyoハ haヒ hiフ fuヘ heホ hoヒャ hyaヒュ hyuヒョ hyoマ maミ miムメ meモ moミャmyaミュmyuミョmyoヤ yaユヨ yoラ raリ riル ruレ reロ roリャ ryaリュ ryuリョ ryoワ waヰヱヲ wo²ヰャヰュヰョン nガ gaギ giグguゲ geゴ goギャ gyaギュ gyuギョ gyoザ zaジ jiズzuゼ zeゾ zoジャ jaジュ juジョ joダ daヂ jiヅdzuデ deド doヂャ jaヂュ juヂョ joバ baビ biブbuベ beボ boビャ byaビュ byuビョ byoパ paピ piプpuペ peポ poピャ pyaピュ pyuピョ pyoッパppaッピppiップppuッぺppeッポppo(ユィ)(ユェ)(ヷ)ヴァ va(ヸ)ヴィ viヴvu(ヹ)ヴェ ve(ヺ)ヴャ vyaヴュ vyuヴョ vyoシェ sheジェ jeチェ che(スヮ) スァ swaスィ siスゥswuスェ sweスォswoスャ syaスュ syuスョ syo(ズヮ) ズァ zwaズィ ziズゥzwuズェ zweズォzwoズャ zyaズュ zyuズョ zyoツァ tsaツィ tsiツェ tseツォtsoテァ thaティ tiテゥthuテェ tyeテォthoテャ tyaテュ tyuテョ tyoデァ dhaディ diデゥdhuデェ dyeデォdhoデャ dyaデュ dyuデョ dyo(トヮ) トァ twaトィ twiトゥtuトェ tweトォtwo(ドヮ) ドァ dwaドィ dwiドゥduドェ dweドォdwoファ faフィ fiホゥhuフェ feフォ foフャ fyaフュ fyuフョ fyoリィryiリェ ryeウァ waウィ wiウゥwuウェ weウォwoウャ wyaウュ wyuウョ wyo(クヮ)クィ kwiクゥkwuクェ kweクォkwo(グヮ)グィ gwiグゥgwuグェ gweグォgwo(ムヮ) ムァ mwaムィ mwiムゥmwuムェ mweムォmwoヵpequeno kaヶpequeno ke31: Estes kanas foram introduzidos no sistema educacional em meados da Era Meiji, mas quase nunca são usados, eles são chamados de kanas obsoletos. [1] [2]: ヲ ("wo") soa da mesma forma que オ ("o"), mas é raramente usado, exceto quando o correspondente em hiragana tem que ser representado em todo o ambiente katakana.A versão katakana do kana wo, ヲ, é primariamemente usada, embora raramente, para representar a partícula を em katakana. A partícula é comumente pronunciada como o mesmo kana "o".: Este caractere é na verdade uma simplificação do kanji 箇, não um katakana.

Usos do Katakana

O katakana é usado para escrever nomes comuns e próprios de origem estrangeira, principalmente ocidental, onomatopéias, palavras técnicas, gírias e nomes científicos de plantas e animais. As onomatopéias escritas em katakana estão muito presentes na língua japonesa - nas histórias em quadrinhos (mangás), elas são frequentemente usadas para representar o som da chuva, palmas, socos.[2]

Escrever palavras originadas de outros idiomas,principalmente do francês e do inglês em tempos recentes.[carece de fontes] Por exemplo, "televisão" é escrito terebi, "television" (テレビ, terebi);Onomatopéias, por exemplo pinpon (ピンポン, pinpon), o "ding-dong", som de uma campainha;Usado para termos científicos como nomes de animais, plantas, minerais, entre outros;Enfatizar palavras. Por exemplo, é comum ver ココ koko (aqui), ゴミ gomi (lixo) ou メガネ megane (óculos).

Ortografia

Em katakana se representa uma vogal extensa a partir de um traço largo chamado chōon (ー na escrita horizontal, | na escrita vertical).

Se a palavra é japonesa, também pode-se formar as extensões de forma análoga a como se faz em hiragana:

Exemplos:

ミスター (misutaa, mister)スーパーマーケット (suupaamaaketto, do inglês supermarket, supermercado)ショーイチ (Shōichi, apesar de que se normalmente se escreveria em kanji ou hiragana).

Um pequeno tsu ッ chamado sokuon indica uma consoante geminada, que é representada em rōmaji dobrando a consoante seguinte. Por exemplo, cama é escrito em katakana com uma consoante geminada, ベッド (beddo), que se origina do inglêsbed. A pronúncia é feita criando uma pausa entre os kanas envolvidos na duplicação consonantal.

Nomes Comuns Transcritos

Alguns exemplos de transcrição de nomes próprios para o katakana:

Nome OriginalKatakanaRōmajiCássiaカッスィアKassiaEduardoエドゥアールドEduārudoGustavoグスタボ / グスタヴォGusutaboQuésiaケーズィアKēziaTiagoティアゴ / チアゴChiagoCarlosカルロスKarurosuWesleyウェズレイWezureiIgorイーゴルIigoru

Wikipédia.

Kuchisake Onna: A Lenda da Mulher da Boca Rasgada

A lenda de "Kuchisake Onna" ou Mulher da Boca Rasgada, conta a história de uma mulher que pergunta para suas vítimas se é bonita, e, ao obter a resposta, mata a pessoa. É a mais famosa lenda urbana do Japão!

Assombrados, atendendo a muitos pedidos trazemos um mega especial sobre a lenda urbana mais famosa do Japão e também uma das mais famosas aqui no Brasil. Neste post também trazemos para você o filme completo de onde são tiradas quase todas as fotos publicadas com a lenda aqui no Brasil :)

A Lenda

Nas proximidade de uma certa escola primária, durante o percurso de volta à casa, uma mulher vestida com um longo casaco vermelho aborda um estudante de tenra idade, perguntando:

-Você me acha bonita?

A mulher estava usando uma máscara contra gripe e mesmo assim, o estudante achou ela mais ou menos bonita e lhe respondeu:

-Sim, você é bonita.

De repente, a mulher remove sua máscara e torna a perguntar, agora aos gritos:

-Mesmo assim, você ainda me acha bonita?!

A mulher tinha a boca rasgada, com um corte de orelha a orelha e de dentro do seu casaco vermelho, ela saca uma foice e começa a perseguir o garoto.

O estudante morto de medo tenta fugir, mas a mulher corre inacreditavelmente rápido.

Ela alcançou o menino, prendeu ele com uma chave de braço, enfiou a lâmina da foice na sua boca e lhe fez um corte de orelha a orelha.

O texto acima é uma das versões mais conhecidas das numerosas variações da lenda urbana de "Kuchisake Onna" ou "A mulher da boca rasgada" a "lenda urbana-mor" do Japão que ao mesmo tempo, é a mais fundamental das lendas urbanas japonesas modernas.

A lenda de "Kuchisake Onna" trata sobre uma mulher que se converteu em um Youkai (duende, entidade, monstro), que se vinga perguntando para suas vítimas se é bonita, as quais ao lhe responder, são posteriormente assassinadas por ela.

Características 

- Muitos relatos convergem para um descrição em que a criatura usa um casaco vermelho, aparentemente, para não tomar um banho de sangue de suas vítimas.

- Há outros relatos em que ela é descrita usando roupa branca.

- Jovem, com aproximadamente 20 ou 25 anos.

- Enquanto usa máscara, é aparentemente bonita.

- Extremamente rápida percorrendo a distância de 100 metros em 6 segundos. Em outros relatos, calculam que seria capaz de percorrer essa distância em 3 segundos e ainda, um caso em que teria ultrapassado uma moto da polícia em alta velocidade.

- Geralmente usa uma foice de mão, mas há relatos contando que usaria uma navalha, uma tesoura, um podão de jardinagem ou até mesmo um machado.

Origem Moderna: O site umaibo, espinha dorsal deste artigo, destaca que a mais famosa origem moderna da lenda, seria a da província de Gifu, que teria causado surtos de histeria em escolas no mês de dezembro de 1978. Inicialmente, esta lenda urbana começou a tomar forma e se popularizar nos anos de 1979, 1980 (segundo um registro de um jornal local, a lenda teria se popularizado em dezembro de 1978).

Das várias versões para a origem da lenda, acredita-se que uma senhora da região de Minokamo, dedicada além do comum com a educação de seus filhos, tenha sido a modelo base da lenda na província de Gifu. Acredita-se também, que a lenda usou como base, os pais que não podiam enviar seus filhos à escola privada por questões econômicas na província de Aichi e proximidades.

 Os registros mais antigos apontam que em Mino Gujohan (Atualmente Vila de Yahata, cidade de Gujo, província de Gifu) no ano de 1754, agricultores se amotinaram contra um senhor feudal resultando em um massacre de camponeses, cujo ressentimento das vítimas, principalmente da aldeia de Hakuchou (Atualmente cidade de Gujo) onde houve o maior número de mortos, acabou por gerar um ser mítico e vingativo, moldando-se mais tarde na "lenda da mulher da boca rasgada".

No ano de 1745, após o período Edo e antes do período Meiji, ou seja, uma época em que ainda haviam Shoguns, houve o caso real de uma mulher chamada Otsuya da cidade de Shigaraki na província de Shiga, sendo apontada pela maioria das fontes como a origem dessa lenda.

Contam que essa mulher teria se preparado para realizar o ritual de maldição "Ushi no koku mairi, se vestindo de branco e segurando nos dentes, uma cenoura vermelha "Kintoki" em forma de meia-lua, que daria a impressão de que sua boca estaria rasgada. Alguém a teria testemunhado realizando o ritual maldito e como reza a sua regra máxima, a de matar qualquer testemunha, ela teria perseguido essa pessoa e matado-a. A história teria caído no esquecimento por vários anos e retornado na forma da "lenda da mulher da boca rasgada" no ano 53 da era Showa (1978).

A "Mulher misteriosa de Yoshiwara" do "Livro ilustrado de Saya Shigure" de autoria de Hayami shungyousai 

Apesar das suas origens antigas, não faltam novas versões e "releituras" por parte de alunos de escolas, autores de livros, mangás e internautas, até porque lendas assim caem no gosto dos jovens que adicionam novas "regras" ao mito. As versões mais populares distorcem ou ignoram completamente as suas origens de tempos feudais, adicionando um frescor moderno à mirabolante lenda.

Primeira versão: A mulher da boca rasgada seria a irmã caçula de três irmãs. As duas irmãs maiores teriam se submetido com sucesso à cirurgias plásticas, porém, apenas a cirurgia plástica dela, não teria dado certo. Durante a operação, o cirurgião plástico usava muita brilhantina no cabelo (produto chamado de "Pomado" no japão) e por esse motivo, ela detestaria esse produto e a simples menção da palavra "Pomado" seria suficiente para afastá-la.

 A irmã mais velha teria se submetido a uma cirurgia plástica que não deu certo. A irmã do meio se envolveu em um acidente e teve sua  boca rasgada e a caçula, em um acesso de loucura, teria rasgado a boca com as próprias mãos. Nessa versão as três irmãs possuem a boca rasgada.

 Ela teria rasgado a boca em um acidente por sua própria falta de atenção.

Como dito acima, na versão em que o médico emplastava os cabelos com brilhantina ("Pomado"), esse produto causaria ao monstro uma repulsa extrema. Por isso, bastaria gritar:  três vezes e sair correndo como se não houvesse amanhã para se ver livre do monstro.

Existe a versão em que o mostro perderia o foco enquanto se deliciaria com certos alimentos, permitindo a fuga nesse ínterim. O mais conhecido é o", um tipo de pirulito de açúcar queimado. Na época em que a lenda estava em voga, por volta da década de 1980, inúmeras crianças passaram a contrabandear nas escolas tais pirulitos, fato severamente punido pelos professores.

Com menor preferência, a criatura também teria um certo apreço por "Kuro ame", um tipo de bala preta de açúcar mascavo e pelo célebre pirulito espanhol Chupa Chups, massivamente comercializado no Japão.

No município de Kouriyama, província de Fukushima e na cidade de Hiratsuka, província de Kanagawa, houveram distúrbios, verdadeiras histerias coletivas, supostamente provocadas por uma entidade que estaria rondando às escolas chegando a envolver o acionamento de carros patrulha da polícia.

No final da década de 1980, na cidade de Kushiro, Hokkaidou, houve um acesso de pânico nos estudantes de uma escola, e estes debandaram espavoridos rumo as suas casas.

Em todo o país, houve a colagem de cartazes com instruções especiais nas escolas (no qual, tais cartazes de alerta, mantidos pelos próprios alunos, tinham a finalidade de informar, mas causavam muita reclamação pela sujeira nas escolas) e de alerta, semelhantes a cartazes de "procurado" da polícia japonesa.

Também em todo o país, houve o caso dos pirulitos contrabandeados pelos estudantes mencionado acima, se tornando um problema geral da nação, potencializado pela mídia na época. Por questões de disciplina, saúde e higiene, tais doces são proibidos na maioria das escolas, principalmente ao serem descartados em qualquer lugar gerando lixo.

Cartaz de advertência colado pelos alunos, semelhante aos da polícia.

A maquiagem de Miki Mizuno chamou tanta
a atenção que foi parar na capa de jornais- Kuchisake-onna Returns (2012). Clique aqui para ver completo no Youtube.

Produção de 2007, foi baseado em fatos reais, já que toma como base um incidente ocorrido em janeiro de 1979, na localidade rural de Yaotsu, município de Kamo, província de Gifu e noticiado pelos jornais da época que contaram como

A atriz Miki Mizuno foi tão bem caracterizada com maquiagem especial para o filme

Que foi parar nas primeiras páginas de jornais japoneses, ao passo que se tornou a imagem por excelência em incontáveis postagens pela web mundial sempre que o assunto trate deste tema. A atriz recebeu uma máscara de silicone, maquiagem, lentes de contato e peruca. Um dado curioso é que Miki Mizuno solicitou o papel da personagem do filme com veemência, quando a produção ainda estava no estágio de esboço. A imagem da bela mulher de olhos claros, cabelos negros e com a boca desfigurada, precede a atriz fazendo com que sua face se torne um dos rostos japoneses mais vistos e conhecidos de todos os tempos. A modesta produção cinematográfica, repercutiu ao trazer de volta um mito antigo, convertido em lenda urbana moderna e novamente causou um furor midiático notável em tempos recentes.

O que é Babymetal?

Babymetal (ベビーメタル, Bebīmetaru?), estilizado como , é um grupo japonês dos gêneros J-pop e metal, consistente de Su-metal(Suzuka Nakamoto), Yuimetal (Yui Mizuno) eMoametal (Moa Kikuchi), gerenciado pela agência de talentos Amuse. Babymetal foi formado em 28 de novembro de 2010 como um subgrupo do grupo idol Sakura Gakuin, sob o conceito de "a fusão de metal e idol", e lançou seu single de estreia independente "Doki Doki Morning" (2011), distribuído limitadamente em eventos ao vivo eonline. Durante o ano de 2012 o grupo lançou doissingles independentes; "Babymetal × Kiba of Akiba", um split em colaboração à banda de metal alternativo Kiba of Akiba, e "Head Bangya!!", primeiro single solo lançado pelo grupo. Em janeiro de 2013, Babymetal fez sua estreia maior com osingle "Ijime, Dame, Zettai", e mais tarde nesse ano veio a ser lançado o single "Megitsune", ambos adentrando entre os 10 mais vendidos durante a semana de lançamento, de acordo com a Oricon e entre os 20 de acordo com a Billboard Japan.
Babymetal conseguiu sucesso mundial após o lançamento de seu álbum de estreia, autointitulado(2014), alcançando o 4° lugar na parada semanal da Oricon, com 37 463 cópias vendidas na semana de seu lançamento, além de se tornar o álbum japonês mais vendido na América do Norte em 2014, estreando no 187° lugar na parada americana Billboard 200, tornando-as as artistas japonesas mais jovens entre os que já figuraram na parada supracitada. O álbum também alcançou o 1° lugar na parada World Albums, da Billboard, além de ser certificado com ouro no Japão, pela RIAJ, por ultrapassar 100 000 cópias enviadas às lojas.
Em janeiro de 2015, o grupo lançou suas apresentações na arena Nippon Budokan em formato de DVD/BD, Live at Budokan ~Red Night & Black Night Apocalypse~, além de lançar seu primeiro álbum ao vivo, Live at Budokan ~Red Night~. A versão BD de Live at Budokan ~Red Night & Black Night Apocalypse~ estreou em 1° lugar na parada semanal da Oricon, tornando-as as artistas mais jovens, com a média de idade de 15.7 anos, a realizar tal feito. O álbum ao vivo Live at Budokan ~Red Night~ alcançou o 3° lugar na parada semanal da Oricon, sendo o primeiro álbum ao vivo a alcançar o topo da parada semanal de álbuns da Oricon em 24 anos e 7 meses, precedido porShining Star, lançado pelo duo pop Wink em maio de 1990. Live at Budokan ~Red Night~ alcançou o 3° lugar na parada World Albums, da Billboard, enquanto seu álbum de estreia, Babymetal, continua na parada desde seu lançamento, fazendo com que dois trabalhos consecutivos do grupo figurem na parada. Também em 2015, Babymetal foi eleito pela revista Nikkei Entertainment um dos 20 gruposidol mais populares do ano no Japão, em sua lista anual; além de considerado o quarto artista japonês mais popular no Spotify, com um total de 30 100 seguidores, seguido de One Ok Rock, Joe Hisaishi e Ryuichi Sakamoto.
Fonte: Wikipédia

Yamato Nadeshiko – A beleza da mulher japonesa

Yamato Nadeshiko (大和撫子) é uma expressão que designa a “mulher ideal” ou a “beleza perfeita de uma mulher japonesa”. Yamato se refere a um antigo nome do Japão e Nadeshiko se refere a uma flor japonesa de mesmo nome (Dianthus superbus L.), que faz parte doAki no Nanakusa (秋の七草), ou seja, as “7 Flores de Outono”.

Yamato Nadeshiko tem um sentido bastante amplo, pois não se refere somente a beleza exterior e sim a uma série de atributos, que vai além de aspectos físicos, tais como elegância, educação, inteligência, dedicação e tudo mais que é valorizado na cultura japonesa.

Outras virtudes incluem: lealdade, habilidade doméstica, humildade, e sabedoria. Tais atributos reunidos em uma só mulher, que nasceu e foi criada dentro dos moldes da cultura japonesa a caracteriza como “Yamato Nadeshiko” (大和撫子), que seria em tese, a mulher dos sonhos de qualquer japonês.

Este termo se popularizou durante a 2ª Guerra Mundial, como uma propaganda nacional do governo japonês para descrever uma mulher doce como uma flor e ao mesmo tempo forte para suportar a vida ao lado de um soldado japonês e estar disposta a lutar e morrer por sua família e pelo seu país.

Hoje em dia, o papel da mulher japonesa na sociedademudou muito. A maioria trabalha fora, ao contrário de antigamente, quando viviam apenas para o marido e para os filhos. Mas isso as tornam ainda mais guerreiras, pois precisam buscar o equilíbrio em sua dupla jornada, ou seja trabalho e casa.

Para os japoneses, o quimono realça a beleza tradicional de uma mulher, e por isso, sempre que uma oportunidade aparece, a maioria das mulheres japonesas não pensam duas vezes em vestir um quimono. Creio que dessa forma, elas podem materializar um pouco esse sentimento de “Yamato Nadeshiko”, mesmo que seja apenas em festas ou dentro de um estúdio fotográfico.

Referências: Wikipedia

Curiosidades sobre a Katana, a espada Japonesa

A Katana, espada usada pelos samurais durante o período feudal japonês é sempre alvo de muita curiosidade. Neste artigo, resolvi reunir alguns mitos, lendas, fatos e curiosidades a respeito dessa incrível e lendária espada japonesa, criada quase 2 mil anos atrás.

Antes da espada Katana ter sido criada, os cavaleiros medievais japoneses utilizavam uma espada chamada “chokuto”, que era essencialmente uma versão reduzida de uma espada com lâmina reta. Com o desenvolvimento de técnicas de fabricação de espadas, o samurai passou a utilizar espadas curvas, surgindo assim a katana.

Por ser a mais emblemática dentre todas as armas de um samurai, a katana passou a exercer um certo fascínio no mundo ocidental. Com esse fascínio, surgiram também muitas histórias e lendas a seu respeito, nos quais muitas delas são na verdade apenas mito, pois não condizem com a realidade.

Algumas curiosidades sobre a Katana:

1. A Katana era a extensão da alma de um samurai

A katana era muito mais do que uma arma para umsamurai: era a extensão de seu corpo e de sua mente. Forjadas em seus detalhes cuidadosamente, desde a ponta, até a curvatura da lâmina, eram trabalhadas totalmente a mão. Assim, os samurais virtuosos e honrados faziam de sua espada, uma filosofia de vida.

Para o samurai, a espada não era apenas um instrumento de matar pessoas, mas sim uma forma de fazer a justiça e ajudar as pessoas. A espada ultrapassava seu sentido material; simbolicamente, era considerado como um instrumento capaz de “cortar” as impurezas da alma e da mente.

2. Não era a única arma de um samurai

Um samurai, usava várias armas além da katana, como a wakizashi, outra espada similar, porém com a lâmina mais curta. Essas duas espadas, que juntas chamavam-se “daisho”, eram as armas mais importantes de um samurai e representavam a sua honra e seu poder social e honra pessoal.

O Katana por ter a lâmina mais longa era usada para o combate aberto, enquanto que a wakizashi, por ser mais curta era usada mais para esfaquear ou decapitar seus adversários. Já o tantô, uma espada ainda menor era usada para a prática do seppuku, um ritual de suicídio comum na classe samurai.

Outra arma tradicional comum entre os samurais era o “yumi”, uma espécie de arco e flecha, hoje em dia visto em apresentações de Yabusame. Quando a pólvora foi introduzida no século 16, o samurai passou a utilizar canhões e armas de longa distância. Tanegashima, uma espécie de rifle foi uma das armas que mais se destacou entre os clãs samurai do Período Edo.

3. Eram feitas de forma artesanal

Antigamente, o processo de fabricação de uma katana era bem complexo por ser 100% artesanal. Isso explica porque essas espadas eram muito caras. São feitas com diferentes tipos de aço e durante o processo de aquecimento, as lâminas são cobertas com uma argila que isola a parte mais espessa.

Já a ponta da lâmina é aquecida ao mais alto grau (cerca de 800 °C). Durante o processo, a sujeira é retirada do aço e depois resfriado rapidamente para que o metal fique devidamente endurecido. A espada é então polida por um longo período (até três semanas) usando pedras específicas para esse fim.

No Japão ainda há artesãos que fazem espadas japonesas no estilo tradicional. Geralmente, as técnicas de fabricação tradicional são passados de geração pra geração. Se quiser conhecer o processo artesanal de fabricação de uma Katana, assista o documentário produzido pelo National Geographic:

Link do vídeo ( https://youtu.be/Ewh5rUfW1Q4 )

4. Cada lâmina tem um perfil único

A bainha de uma katana é chamada de “saya” e a parte onde se pega, o cabo, é chamado de “tsuba”, onde aparece detalhes ornamentais que permitem aderência chamados de “menuki”. “Habaki” seria a junção da lâmina com a tsuba e “fuchi” seria o círculo que fica próximo ao habaki.

Cada lâmina tem um perfil único, dependendo do tipo de fabricação. Muitas possuem o shinogi, uma saliência no meio da espada. Cada espada tem também tem uma ponta que pode se diferenciar uma da outra. Pode ser longa (okissaki), média (chukissaki), curta (kokissaki), ou virada para trás (ikuri-okissaki).

Algumas marcas na lâmina são puramente estéticas, com dizeres em kanji e gravuras gravadas retratando deuses, dragões e outros seres místicos, chamados de horimono. Existem ainda muitos Katana ornamentais, que tem o objetivo apenas de ser usado como peça decorativa em um ambiente.

5. Katana é uma forma de arte no Japão

No Japão, existem algumas escolas que ensinam a arte de ornamentar uma katana de forma artesanal. Apesar das espadas japonesas terem perdido espaço no campo de batalha com a utilização de armas de fogo de longo alcance, sua popularidade continua e são apreciadas como verdadeiras obras de arte.

6. Uma Katana é capaz de cortar qualquer coisa?

Muitas lendas dizem que uma espada samurai é capaz de cortar qualquer coisa, inclusive um lenço de seda que cai sobre sua lâmina. Na verdade, isso é mito pois para que isso fosse possível, a borda da espada teria que ser muito fina, o que a tornaria muito frágil a ponto de se quebrar facilmente.

Para um guerreiro samurai, uma katana afiada a ponto de cortar um lenço não seria nem um pouco prática e não teria muita serventia em uma batalha, afinal, suas vidas dependiam da durabilidade e qualidade de suas armas.

Outras histórias dizem que uma katana é capaz de atravessar uma armadura, mas na verdade, os samurais eram ensinados a atacar os pontos mais fracos do seu oponente durante os combates como articulações que ficavam de fora da armadura ao invés de atacar locais protegidos como capacete ou peitoral.

Também há quem diga que uma Katana pode cortar uma outra espada ao meio. Pode acontecer, embora seja muito difícil. Na verdade, qualquer espada de aço corre o risco de quebrar, dependendo do ângulo que for atingida.

7. Uma Katana é indestrutível?

Existe o mito de que uma espada japonesa é indestrutível, mas não podemos esquecer de que a katana, embora de uma qualidade impressionante, trata-se de artefato de metal e sendo assim, está sujeita ao desgaste natural decorrente do tempo ou do uso prolongado, assim como qualquer outra espada.

Como morar no Japão sem ser descendente

Muitas pessoas não-descendentes de japoneses gostariam de morar um dia no Japão. No entanto, precisam saber como funciona o mecanismo de entrada e permanência no país e conseguir um emprego que os ajude nesta empreitada. Com ajuda do site AulasdeJaponês vamos deixar alguns caminhos:

Como morar no Japão sem ser descendente?

Para os não-descendentes de japoneses, as regras para se viver no Japão são praticamente as mesmas aplicadas por quase todos os outros países.

É necessário tirar um visto que permita a pessoa ficar/morar no país. Os vistos mais comuns são: Visto de Curta Duração (até 90 dias), Visto de Estudante (2 anos, podendo ser renovado), Visto de Trabalho (1 a 3 anos, podendo ser renovado).

Acontece que você não pode simplesmente tirar o visto de trabalho, embarcar para o Japão e então procurar um emprego.

Para conseguir tirar este visto, é necessário que o emprego em terras japonesas já esteja garantido.

A empresa que irá “patrocinar” o seu visto cuidará da emissão do Certificado de Elegibilidade, documento emitido pelo Departamento de Imigração do Japão que atesta que você está apto a migrar para o país.

Uma coisa comum é ocorrer interesse da empresa em um profissional, seja ela de qual setor for, e com um visto de curta duração (turismo), este profissional vai até o país, realiza reuniões, entrevistas e acerto de contrato. Após todo o imbróglio de contratação e documentação necessária, o profissional recebe o visto para permanecer e trabalhar no Japão.

Como conseguir um trabalho no Japão?

Para conseguir um emprego no Japão, é necessário que haja qualificação. Não tem como escapar disso, uma das condições para conseguir o Certificado de Elegibilidade é que o trabalho se enquadre na lista de profissões qualificadas pré-determinadas pela imigração japonesa.

Veja algumas dicas para conseguir um trabalho no Japão:

Esteja disposto a tornar-se um profissional de alto calibre e insubstituível.Dedique-se também a aprender a língua japonesa e também o inglês.Comece a sondar as empresas japonesas de sua área de atuação, e que você teria interesse em trabalhar.Visite seus websites, veja quando elas abrem inscrições para processo seletivo e faça uma lista destas empresas.Pesquise quais conhecimentos você ainda precisa buscar e comece a fazer contatos o quanto antes.Tente também conhecer outros estrangeiros (sejam brasileiros ou não) que trabalham nestas condições (sem ser descendente) e busque entender como eles fizeram. O sucesso deixa pistas e você pode coletá-las!Fazer um intercâmbio e/ou pós-graduação também pode lhe ajudar a ficar no Japão, pois durante o período de estudos, é comum criar-se uma rede de contatos, que tendem a facilitar a entrada em uma grande empresa do país.Você pode concorrer a uma bolsa de estudos para o Japão ou se planejar para estudar por lá através de investimentos próprios.

Você pode conferir neste ( http://www.immi-moj.go.jp/english/tetuduki/kanri/shyorui/Table4.html ) uma lista de áreas que se qualificam para a emissão do Certificado de Elegibilidade e que consequentemente lhe permitem buscar oportunidades de trabalho para viver no Japão.
Boa sorte.
Leandro Kitsune.